Agronegócio
Foto: Divulgação
Na manhã de hoje, 26/08, em São Paulo, a Fundação FHC e o Instituto Arapyaú reuniram especialistas, representantes do setor e acadêmicos no debate intitulado “O agronegócio no campo e no Congresso”. O evento contou com a participação de nomes de peso e foi estruturado em dois painéis, trazendo perspectivas científicas e políticas sobre um dos setores mais importantes para a economia brasileira.
do Consórcio dos Estados da Amazônia Legal
Painel 1: “Agro e Clima: a aplicação da ciência na realidade do campo”
O primeiro painel explorou como a ciência e a inovação podem ajudar o agronegócio a lidar com desafios contemporâneos, como as mudanças climáticas, a sustentabilidade e o equilíbrio entre produtividade e preservação ambiental. A mesa foi composta por nomes com vasta experiência no tema:
Ludmila Rattis, cientista do IPAM Amazônia, destacou a necessidade de alinhar a produção agrícola com o combate ao desmatamento e à degradação ambiental, enfatizando a importância de modelos sustentáveis baseados em dados científicos.
Marcello Britto, secretário-executivo do Consórcio dos Estados da Amazônia Legal, chamou a atenção para a integração entre agricultura e iniciativas climáticas regionais, ressaltando o papel estratégico da Amazônia nesse processo.
Maxyeli Scaramussa Bergamin, presidente do Sindicato Rural de Paragominas, trouxe uma visão prática, relatando como produtores têm implementado mudanças tecnológicas e sustentáveis no campo, contribuindo para desmistificar o antagonismo entre agro e clima.
Esse painel reforçou a mensagem de que o investimento em pesquisa, inovação e disseminação de conhecimento técnico pode transformar práticas agrícolas, aumentando a competitividade do setor enquanto responde às demandas ambientais globais.
Os produtores rurais estão cada vez mais conscientes de que aliar tecnologia e práticas sustentáveis não é apenas uma questão de responsabilidade ambiental, mas também uma necessidade econômica para garantir a competitividade no mercado global. – Maxyeli Scaramussa Bergamin, presidente do Sindicato Rural de Paragominas.
Painel 2: “Do Campo à Política: a representação do agronegócio no Congresso”
O segundo painel abordou a força política do agronegócio no Brasil, sua imagem interna e impacto na geopolítica mundial, trazendo reflexões sobre o papel da bancada ruralista no Congresso Nacional. Os palestrantes foram:
Caio Pompeia, professor da Universidade Federal de Viçosa, que analisou a trajetória histórica da representação política do setor dentro do Legislativo brasileiro, explicando como essa articulação garante avanços econômicos, mas também gera controvérsias relacionadas às questões sociais e ambientais.
Mônica Sodré, CEO da Meridiana, debateu a influência do agronegócio no cenário geopolítico, destacando como as políticas do setor são percebidas no exterior, especialmente no contexto global de ESG (Environmental, Social and Governance), que gera olhares críticos e oportunidades de reposicionamento. Esse painel ressaltou a necessidade de diálogo entre o setor produtivo, a política e a sociedade civil para que o agronegócio brasileiro continue a ser competitivo e sustentável, ao mesmo tempo em que melhora sua imagem global.
Abertura e mediação
A abertura do evento foi conduzida por Lívia Pagotto, diretora institucional do Instituto Arapyaú, e Sérgio Fausto, diretor geral da Fundação FHC, que também desempenhou o papel de mediador durante a discussão.
Sérgio destacou a relevância do debate como um espaço de aproximação entre diferentes perspectivas, apontando que o agronegócio desempenha não apenas um papel econômico central, mas também carrega responsabilidades sociais e ambientais. Lívia, por sua vez, reforçou a missão do Instituto Arapyaú de promover a transição para uma economia justa e sustentável, destacando o impacto positivo de iniciativas baseadas na troca de conhecimento.
O debate “O agronegócio no campo e no Congresso” conseguiu unir a ciência, o setor produtivo e o poder público em reflexões urgentes para o futuro do agronegócio brasileiro. A discussão mostrou que os desafios climáticos e políticos podem ser encarados como oportunidades para transformar o setor, reforçando a importância de uma abordagem integrada entre inovação científica e articulação política. Esses diálogos são fundamentais para que o Brasil se consolide como um player global sustentável no agronegócio, equilibrando desenvolvimento econômico, responsabilidade ambiental e justiça social.
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