MINERAÇÃO & SUSTENTABILIDADE
No último dia 04 de novembro, o Amazônia News e a Rede Pará tiveram a oportunidade de adentrar o complexo operacional da Mineração Rio do Norte (MRN), localizado em Porto Trombetas, no município de Oriximiná, Oeste do Pará. Com mais de quatro décadas de atuação no mercado de extração de bauxita, a MRN opera sob a batuta da sustentabilidade, preservação ambiental e responsabilidade social corporativa.
A visita revelou a ênfase da MRN na segurança operacional. No centro das operações, regras rigorosas são aplicadas, incluindo o uso obrigatório de capacetes e a proibição de acessórios como brincos, colares e pulseiras na área operacional. Ana Paula Caixeta, engenheira geotécnica da MRN, destaca: "Trabalhamos ininterruptamente para monitorar nossas extrações, garantir a estabilidade das estruturas e manter um controle preciso de nossas instrumentações, que são vitais para nossas operações".
A importância estratégica da bauxita vai além de seu papel como matéria-prima para o alumínio. Essa rocha avermelhada desempenha um papel vital em inúmeras indústrias e serviços essenciais, desde a energia até a produção de equipamentos médicos, construção civil, embalagens e uma vasta gama de produtos domésticos.
A MRN registra anualmente uma produção em torno de 12 milhões de toneladas de bauxita. Esse expressivo número é fruto do esforço e expertise de milhares de profissionais envolvidos em todas as etapas do processo, desde a extração até o transporte ferroviário e o embarque em navios que levam a bauxita para refinarias em três continentes. Essa operação robusta não apenas impulsiona a cadeia produtiva do alumínio em escala global, mas também reforça o compromisso da MRN com a excelência e eficiência em suas atividades.
Além disso, a MRN foi reconhecida com o prestigiado Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol pelo quinto ano consecutivo. Esse prêmio destaca o comprometimento contínuo da empresa com práticas sustentáveis e gestão das emissões de gases do efeito estufa (GEE). Desde 2007, a MRN monitora e registra minuciosamente suas emissões de GEE, com metas claras de redução, evidenciando seu firme compromisso com a sustentabilidade e o meio ambiente.
As etapas do processo produtivo na Mineração Rio do Norte (MRN)
A operação da Mineração Rio do Norte (MRN) passa por estágios cuidadosos, garantindo não apenas a eficiência, mas também o respeito ao meio ambiente em todas as etapas. Antes mesmo de iniciar a extração, equipes de biólogos da MRN realizam um meticuloso processo de afugentamento da fauna, resgatando ninhos de abelhas e plantas epífitas, que são realocados para áreas florestais.
Durante a supressão vegetal, a madeira de valor comercial é separada e vendida sob autorização dos órgãos ambientais, com os valores devidamente indenizados à União pela MRN. Por sua vez, a terra preta e a madeira sem valor comercial, mas de relevância para a sustentabilidade, são preservadas para uso futuro no reflorestamento pós-extração.
A extração da bauxita, localizada a aproximadamente oito metros de profundidade, começa com a remoção da camada de argila na superfície do solo utilizando tratores. Posteriormente, a bauxita é escavada e transportada em caminhões para ser beneficiada. Após a extração, a área é restaurada para o reflorestamento, um processo que ocorre durante o período chuvoso.
O beneficiamento consiste em duas fases cruciais: britagem e lavagem. A britagem reduz o minério em partes menores, enquanto a lavagem separa os resíduos de argila da bauxita com jatos de água. Aproximadamente 80% da água utilizada é reaproveitada no procedimento. Uma parcela dos resíduos de argila, cerca de 25% do volume da massa sólida, é considerada rejeito de bauxita e encaminhada para os tanques de disposição, cujas condições de segurança são detalhadas no hotsite sobre o Sistema de Gestão de Barragens e Rejeitos da MRN.
A bauxita beneficiada é transportada através de uma ferrovia de 28 km até o Porto, onde é embarcada em navios. Durante o transporte ferroviário, trens com 46 vagões são utilizados para esse fim. Chegando ao Porto, a bauxita pode ser embarcada ainda úmida ou, se preferível, passar por processos de secagem em um dos três fornos secadores antes de ser enviada para refinarias no Brasil e no exterior.
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