Cultura
Após sete anos de pausa desde sua última edição, realizada em 2012, o Festival Pan-Amazônico de Cinema 2019 (Amazônia DOC), terá sua 5ª edição a partir da quinta-feira (30), com programação até 7 de junho, em Belém. A homenagem será para a professora e crítica de cinema Maria Luzia Miranda Alvarez, em reconhecimento a sua contribuição ao estudo e à pesquisa sobre cinema, que realiza há muitos anos na Universidade Federal do Pará (UFPA).
O Festival Pan-Amazônico de Cinema é uma realização da Secretaria do Audiovisual e Secretaria Especial da Cultura, do Ministério da Cidadania, e co-realização do Instituto de Cultura da Amazônia (Culta) e Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e produção de ZFilmes. O apoio cultural é da Fundação Cultural do Pará (FCP), Sesc (Serviço Social do Comércio), Belém Soft Hotel, San Tito, UFPA, Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Estrela do Norte, Banco do Estado do Pará (Banpará), Organização Pará 2000, NET, YetLab, Inovador Talvez, CONNE, Projeto Circular e Funtelpa (Fundação Paraense de Radiodifusão).
A edição 2019 propõe reflexões sobre questões de gênero, meio ambiente e movimentos sociais - como a luta pelos direitos dos indígenas e da comunidade LGBTQI+ -, além de atividades de formação e discussão, com convidados da Agência Nacional de Cinema (Ancine), Canal Brasil, Globo News, Médicos Sem Fronteiras, Plataforma VideoCamp, Plataforma Taturana e Cine Clube TF, e mediação de realizadores e produtores paraenses.
O Cine-Teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas, e o Cinema Líbero Luxardo, no Centur, abrigam as exibições de filmes, enquanto o Sesc Ver-o-Peso recebe as oficinas e mesas-redondas, numa programação que acompanha as mudanças da tecnologia e da sociedade. “Percebo uma grande mudança na realização de documentários, e existe hoje uma diversidade de formatos e de protagonismos dessa produção, que é imprescindível para estabelecer uma reflexão profunda sobre o documentário contemporâneo”, afirma Zienhe Castro, coordenadora-geral do evento.
A programação inclui sessão de abertura e sessões especiais, além de duas mostras competitivas com 30 filmes, entre longas, médias e curtas-metragens, que apresentam temas urgentes e estéticas inovadoras, do clássico ao documentário experimental. A sessão de encerramento terá a cerimônia de premiação.
Estão programados também quatro painéis de debate, três dias de master class com Alice Riff, para alunos de escola pública estadual, e uma oficina sobre “Documentários de Impacto”. De 20 a 26 de junho haverá uma mostra retrospectiva, com filmes das edições anteriores, no Cine Olympia.
Mostras competitivas - O Amazônia DOC recebeu 350 inscrições de filmes dos nove países da Pan-Amazônia, com grande número de documentários brasileiros, e diversidade de formatos. Os 30 filmes que compõem as mostras competitivas serão exibidos de 31 de maio a 5 de junho, com sessões às 16 h, 18 h e 21 h, no Cinema Líbero Luxardo: 21 filmes para mostra Pan-Amazônia, sendo 17 filmes de vários formatos e diversos estados brasileiros, e quatro filmes internacionais, com um média-metragem do Peru, um da Bolívia, um longa do Equador e um curta da Colômbia, e ainda nove filmes para a Mostra Amazônia Legal, sendo dois longas-metragens, quatro curtas e três médias, sendo seis documentários de cineastas paraenses.
Os filmes foram selecionados por um comitê formado por Manoel Leite, Zienhe Castro, Felipe Pamplona, Marco Antônio Moreira e Carol Abreu. Os vencedores serão conhecidos no dia 7 de junho, na sessão de encerramento, durante a cerimônia de premiação nas categorias “Júri Oficial” e “Público”, quando serão entregues os troféus de miriti feitos pelo artesão Ronaldo Guedes.
Mulheres em evidência– A partir da concepção do cinema como uma ferramenta política, esta edição do Festival valoriza a presença das mulheres - seja na predominância da equipe, com 75% de nomes femininos na produção do evento, seja na escolha do júri, totalmente formado por profissionais femininas, e ainda na seleção dos documentários para as mostras competitivas. A programação paralela é voltada à reflexão sobre documentários com DNA Social e à representação da mulher no cinema.
O Júri Oficial é constituído por 10 mulheres, enquanto a produção conta com 17 mulheres na equipe e 10 homens. Os painéis/debates serão formados por mulheres, e dos 30 filmes selecionados para as Mostras Competitivas, 12 filmes são de diretoras.
Na quinta-feira (30), a sessão de abertura será às 18h30, no Teatro Maria Sylvia Nunes, com Luzia Miranda Alvarez. “Ela é reconhecidamente a pioneira no exercício da crítica cinematográfica paraense e, ouso dizer, uma das primeiras no cenário nacional", diz Zienhe Castro. Em seguida, às 19h30, será exibido o documentário “Torre das Donzelas”, da diretora Susanna Lira - vencedor do melhor documentário no Festival do Rio em 2018 -, com bate-papo com a realizadora após a sessão.
Lançamentos e debates - O Festival também terá lançamentos de produções audiovisuais, como a pré-estreia de “Explosão da Ilha”, de Leo Chermont, no dia 1º de junho, às 19 h, no Teatro Maria Sylvia Nunes, e em seguida “Boi Pavulagem é Boi do Mundo”, de Ursula Vidal e Homero Flávio. Já no dia 7 de junho, fechando a programação, ocorrerá o lançamento do curta “Perspectivas”, produzido pelo Cine Clube TF, com direção de Arthur Costa, e do documentário “Amazônia Groove”, do diretor Bruno Murtinho.
Entre as novidades está ainda a parceria com escolas públicas, nos dias 2, 3 e 4 de junho, com a exibição do longa-metragem “Eleições”, de Alice Riff, lançado este ano, que mostra as mudanças na rotina do ensino médio na Escola Estadual Doutor Alarico da Silveira, localizada no centro de São Paulo, com as eleições do grêmio estudantil. A programação prossegue no Sesc Ver-o-Peso com a oficina “Documentário de Impacto”, com o professor e realizador Rodrigo Grillo (UFPA), de 3 a 7 de junho, das 09 às 12 h.
Os painéis/mesas iniciam no dia 3 de junho, às 18h30, com a exibição de “Caminho da Vacina” e “Doença de Chagas: encontrando uma geração”, com Victoria Servillano, produtora do Médico Sem Fronteiras, e mediação de Zienhe Castro; no dia 5 de junho, das 15 às 18 h, o tema será “Mercado Audiovisual”, com Marina Pompeu (Canal Brasil), Renée Castelo Branco (Globo News) e Angélica Coutinho (Ancine), e mediação de Carol Abreu. No mesmo dia, às 18h30, a mesa “Nós Documentaristas” reunirá Susanna Lira (cineasta), Ursula Vidal (secretária de Cultura do Pará), Alice Riff (cineasta) e Keila Serruya (cineasta), com mediação de Zienhe Castro.
Já no dia 06 de junho, às 18h30, a mesa “Projetos que mudam o mundo” terá Josi Campos (Plataforma VideoCamp), Lívia Almendary (PlataformaTaturana) e Lília Melo (Cineclube TF), para abordar relatos sobre produção/realização de filmes com DNA Social e seus impactos na sociedade.
Serviço: 5ª edição do Festival Pan-Amazônico de Cinema 2019 (Amazônia DOC), abertura na quinta-feira (30 de maio), às 18h30, no Teatro Maria Sylvia Nunes (Estação das Docas), com exibição do documentário “Torre das Donzelas”, de Susanna Lira.
As Mostras competitivas ocorrerão de 31 de maio a 5 de junho, com sessões às 16 h, 18 h e 21 h, no Cinema Líbero Luxardo (Avenida Gentil Bittencourt, 650, bairro Nazaré). A oficina “Documentário de Impacto”, com Rodrigo Grillo (UFPA), será de 3 a 7 de junho, das 09 às 12 h, no Sesc Ver-o-Peso (Boulevard Castilhos França, 522/523).
O Festival será encerrado no dia 7 de junho, às 18 h, no Teatro Maria Sylvia Nunes, com cerimônia de premiação das categorias Júri Oficial e Público, e exibição do filme "Amazônia Groove", de Bruno Murtinho. A entrada é gratuita. A programação completa está disponível em http://amazoniadoc.com.br/. Mais informações: (91) 3349-2018/ contato@zfilmes.com.br
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