Cultura e liberdade

Secult leva arte a vários espaços para celebrar a luta da mulher

Março chegou, e com ele as programações alusivas ao Dia Internacional da Mulher – 8 de Março. A fim de fortalecer o movimento de mulheres, principalmente no âmbito do empreendedorismo, o Governo do Pará promove, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), uma programação especial para o público feminino. Serão diversas atividades, entre as quais rodas de conversa, mostra de filmes, show musical, poesia, exposição de arte contemporânea e uma feira de empreendedoras.

Para Ursula Vidal, secretária de Cultura, o momento é de reflexão, além de uma oportunidade para tornar visíveis as lutas das mulheres. "Queremos chamar atenção para a valorização da vida, exigir direitos e marcar uma posição política da mulher contra a crescente violência que estamos sofrendo. O mês de março também simboliza o direito à liberdade de escolhas da mulher quanto ao seu corpo, sua expressão e sua criatividade. Queremos visibilizar as tantas lutas já travadas, e as que ainda temos que travar por mais direitos e políticas públicas", afirmou a titular da Secult.

A programação começará nesta sexta-feira (8), e prossegue até 4 de abril com eventos em vários espaços da cidade, mostrando a mensagem de indignação contra o aumento dos crimes contra a mulher, incluindo o assédio no trabalho e a violência doméstica.

Arte contemporânea - Artistas já reconhecidas pelo grande público, Claudia Leão, Danielle Fonseca, Elieni Tenório, Elza Lima, Keyla Sobral, Luciana Magno, Melissa Barbery, Nina Matos, Roberta Carvalho, Rosangela Britto e Walda Marques se encontram na exposição "Um olhar sobre a arte contemporânea do Pará", que será aberta nesta sexta-feira (8), às 19 h, na Galeria Fidanza, do Museu de Arte Sacra, com entrada franca.

A exposição retrata diversas linguagens, como instalação, fotografia e pintura, acentuando a contribuição feminina para a arte contemporânea de Pará. A exposição faz um recorte da coleção do acervo que se encontra no Museu do Estado do Pará (MEP). De acordo com Armando Sobral, diretor do Sistema Integrado de Museus (SIM), a curadoria inclui obras da coleção do Museu. A exposição celebra as mulheres e também marca o início de um projeto mais amplo: a exibição do acervo do MEP, que está guardado há muito tempo. "Vamos trabalhar ao longo dos próximos anos diversos recortes curatoriais e críticos, para que a população possa ver e conhecer a rica coleção do MEP", explicou o diretor.

"Elas tocam chorinho" - Belém tem um movimento de valorização do choro reconhecido em todo o Brasil. Embora ainda seja visivelmente menor a participação feminina nas rodas de choro, as mulheres vêm assumindo seu lugar nesse cenário não só como intérpretes, mas também como compositoras.

Fortalecer a mulher como protagonista na música é a proposta do show "Elas tocam chorinho", composto pela violonista 7 cordas Camila Alves; Sara Moraes, no violino; Thiana Santos, no clarinete; Juliana Silva, no cavaquinho, e Thaiz Vera Cruz, no pandeiro. O ponto de partida para a montagem do espetáculo é a pianista, maestrina e compositora Chiquinha Gonzaga, que se mantém como referência para várias gerações de compositoras e instrumentistas.

O repertório inclui ainda compositoras de diferentes períodos da história da música brasileira, representantes de vários estados brasileiros, como Luciana Rabelo (RJ), Lina Pesce (SP), Carolina Cardoso de Menezes (RJ), Tia Amélia (PE), Wanessa Dourado (SP), Daniela Spielmann (RJ) e Luísa Mitre (MG), além do trabalho autoral de Camila Alves. O show também contará com a participação da bandolinista paraense Jade Guilhon, que tocará uma música de sua autoria.

O show “Elas tocam chorinho" será nesta sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, às 20 h, na nave da Igreja de Santo Alexandre, no Museu de Arte Sacra. A entrada é franca.

"Verbo mulher" – A programação da Secult oferece ainda o show “O verbo de ser mulher”, da Banda Álibi de Orfeu, que receberá artistas da música, literatura e membros da sociedade civil para homenagear as mulheres, incluindo relatos de experiências. A apresentação será no sábado (09), no Teatro Gasômetro, às 16 h, e receberá as cantoras Liège, Joelma Klaudia, Camila Barbalho, Gláfira, Renata Del Pinho, Lídia Belo e Mana Josy, além dos grupos Guitarradas das Manas e Orquestra Sustentável Percussão da Terra, e da  poesia de Roseli Sousa e Juliana Damasceno.

Será a primeira vez que a Banda Álibi de Orfeu vai tocar com a Orquestra Sustentável Percussão da Terra. A Orquestra é formada por 40 músicos, que confeccionam seus próprios instrumentos a partir da reciclagem de materiais descartáveis - garrafas pet, garrafões de água, materiais de PVC e caixotes de madeira. Com a confecção de curimbó, cajon, alfaia, marabaixo, maracá e bumbo leguero, a Orquestra oferece acesso à cultura e arte a jovens que moram em áreas de grande vulnerabilidade social. O show tem entrada franca.


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